A partir de 2015, uma atenção especial à saúde dos alunos da rede municipal de ensino vai auxiliar e muito no processo de aprendizagem individual. O Projeto “Saúde dos Olhos” consiste em treinar os profissionais da educação para que eles consigam detectar problemas na acuidade visual das crianças e adolescentes. O projeto é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, formatado e viabilizado através da parceria entre Prefeitura Municipal e Anglo American.
Problemas de visão podem comprometer o aprendizado e até os vínculos sociais. Isso porque, com a capacidade visual comprometida, a decodificação da informação passada dos olhos para o cérebro pode não ocorrer devidamente. Esta dificuldade de interpretar o que os olhos veem acaba desgastando a pessoa, seja esta criança ou adulta, exigindo mais energia mental do que uma pessoa com boa visão gastaria para fazer as mesmas tarefas. O cansaço aumenta as dificuldades de aprendizagem, gera desvio de atenção e até a falta de estímulo para o estudo.
Pesquisas apontam que uma em cada vinte crianças em idade escolar sofre algum distúrbio de visão, mas ela não sabe detectar que está com problema. Por isso é muito importante que pais e educadores fiquem atentos a certos sintomas e comportamentos, tais como: dor de cabeça; aproximar-se demasiadamente do monitor, livro ou caderno; apertar os olhos para ler ou coçá-los insistentemente; demostrar dificuldade na leitura oral; lacrimejar excessivamente.
Por isso, o “Saúde dos Olhos” é um projeto cuja formação foi voltada aos profissionais pedagogos, supervisores da Secretaria Municipal da Educação, que serão os multiplicadores e que acompanharão de perto o desenvolvimento escolar dos alunos. Eles foram treinados pela Equipe Técnica da GAC Serviços Educacionais, estando aptos a detectar os diferentes sinais que a criança com a acuidade visual afetada possa apresentar, além de aplicar um teste prévio à consulta oftalmológica. Em caso de correção por meio de lentes, os óculos serão cedidos gratuitamente a todos que precisarem.
Para a pedagoga Rejani Socorro da Cruz, coordenadora pedagógica da SME, o projeto é “uma questão social e de saúde, acelerando o atendimento e melhorando a qualidade de vida dos nossos alunos.” Sobre a formatação do projeto, ela disse: “é uma ideia que partiu de um trabalho de dedicação da equipe da SME que está comprometida com uma educação de qualidade. Uma ação sensível e necessária.”
