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MAI
14
14 MAI 2021
CULTURA
PERSONALIDADE DE CONCEIÇÃO: DONA DORVALINA, SUPEROU A DOR DO ABANDONO E HOJE É UMA BORDADEIRA DE PRESTÍGIO NA CIDADE
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CMD, SEXTA-FEIRA 14.05.2021 – “O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício” (Martin Luther King). O ato de perdoar é nobre e, sem dúvidas, não é para qualquer um. Para perdoar precisa ter peito, aliás, precisa ter muito coração: livre de amarguras, ressentimentos, entregue a prática do bem e sempre disposto a amar seus semelhantes. Como diria o pensador Luther King, o perdão marca um recomeço e dá a paz devida para seguir. Não podemos esquecer que, inclusive, é um mandamento bíblico.

Em Conceição do Mato Dentro, temos um exemplo de perdão e amor que transborda, estamos falando da dona Dorvalina, moradora do bairro Cruzeiro, hoje nossa homenageada no quadro “Personalidade de Conceição”.

Natural de Congonhas do Norte, Dorvalina Eva da Silva nasceu no dia 15 de abril de 1932. “Eu fui criada no distrito de Santo Antônio do Norte, a Tapera. Tive uma infância muito sofrida, minha mãe me abandonou com dois anos de idade e passei a fase de criança sem ter moradia fixa, sempre estava na casa de uma pessoa diferente. Não tinha roupa, faltava comida e eu era muito maltratada pelas famílias”, contou dona Dorvalina acrescentando que não foi um período fácil, mas consegue relembrar sem dor.

Logo que completou a maior idade, com o coração cheio de esperança, dona Dorvalina partiu para a capital. “Fui morar em Belo Horizonte pensando que seria mais fácil a minha vida, eu estava enganada. Acho que Deus resolveu me provar! Eu sofri tanto na cidade grande que voltei para a Tapera. Não me arrependo da tentativa, acredito que tudo na vida tem um propósito e com certeza eu não fui para BH em vão”, contou a senhora do olhar cheio de força.

Com o coração bondoso, parte da sua essência, ao retornar para a Tapera, permitiu-se apaixonar por um jovem do distrito chamado Pedro Gomes da Silva, mas que todos conheciam como Pedro Zé Maia. “No meu casamento, novamente passei por uma provação, meu finado marido, que Deus o tenha em bom lugar, bebia muito e era bastante nervoso. Prefiro não falar mais sobre isso… O que posso dizer é que tive joias raras, os meus filhos. Foram 13 gestações, mas devido a tudo que passei perdi alguns bebês. Deus me deu o Renato, a Rosângela, a Dulcineia, a Raimunda, a Maria, o William e a Márcia. Sou vó de 24 netos, 24 bisnetos e 3 tataranetos”.

Trabalhadora que não foge à luta, nossa personagem conseguiu criar seus filhos com muito esforço. “Gosto de falar que tudo na vida um dia é recompensado. Lembro muito bem de quando eu buscava lenha e capim e vendia para tirar o sustento da família. Era um trabalho muito difícil, eu pedia tanto a Deus para mudar a minha história. Cheguei a trabalhar na casa dos outros, me sentia sem nenhum valor. Muitas vezes coloquei resto de comida no bolso para matar a fome dos meus filhos”, relembrou.

De tanto pedir, Dona Dorvalina diz ter tido suas preces atendidas. “Deus meu protetor me ajudou a passar por tudo na minha vida, sou abençoada e muito grata a Ele e a minha família. Quase todos os meus filhos moram perto de mim e me dão todo carinho que nunca tive, cuidando e me paparicando. A dor do passado, eu deixei para trás, perdoei as pessoas que me fizeram mal, principalmente a minha mãe que me abandonou. Durante anos eu pensei que se ela não tivesse me abandonado, eu não teria passado pela metade do que passei, hoje não penso mais assim. Preferi perdoá-la sem fazer julgamentos, se passei por tudo isso é porque Deus viu em mim muita força e agradeço a Ele por não me desamparar”, sorriu.

Ativa que só ela, aos 89 anos é uma bordadeira de talento admirável e encanta a todos que conhecem o seu trabalho. “Bordo, faço tapetes e me comporto como se eu trabalhasse fora. Acordo cedo e só paro a tarde. Tenho uma amiga e vizinha, a Antônia, que todo mundo chama de Tunica que gosto muito, todos os dias ela desce para bordar e fazer tapetes comigo. Quando estão prontos, nós não vendemos, mas doamos para as pessoas amigas. Quero finalizar dizendo uma coisa: gosto muito do que faço e sou ABENÇOADA POR DEUS”, finalizou dona Dorvalina.

A personagem é um exemplo da importância de ressignificar, mudar nossas atitudes e principalmente nossos sentimentos para que possamos ter a oportunidade de recomeçar quantas vezes for preciso.

Essa é uma singela homenagem da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro à Dona Dorvalina, essa senhora cheia de encanto e coração puro.

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Fonte: Assessoria de Comunicação
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