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JAN
15
15 JAN 2021
CULTURA
PERSONALIDADE CONCEICIONENSE: MARGARIDA PINTO, PROFESSORA, ESCRIVÃ DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E LINDA VOZ NAS SERESTAS DE CONCEIÇÃO
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CMD, SEXTA-FEIRA 15.01.2021 – Maria Margarida Fernandes Cintra, carinhosamente conhecida como Guêda, Margarida Pinto, Tia Preta, Vovó Gaida. Para lembrar dos feitos e encantos de Dona Margarida é simples para a maioria dos conceicionenses adultos. Basta ir até aquela gaveta onde estão seus documentos, certidão de nascimento, casamento, enfim. Lá estará aquela caligrafia inconfundível da Oficiala Escrivã do Registro Civil. E é por isso, que a homenageamos hoje no quadro “Personalidade de Conceição”.

Nona filha de Ana Laurentina Costa (Dona Nininha) e de Antônio Pinto Fernandes, desde menina ajudava seu pai na alfaiataria. “Eu tinha a impressão que minhas irmãs queriam fazer tudo e escondiam o serviço de mim. Por isso, sempre estava arrumando algo para me ocupar. Quando fiquei maiorzinha meu pai me colocou na alfaiataria, comecei fazendo barriguilha, manga de paletó e depois comecei a ter a missão de entregar três calças por semana. Era muito divertido, ficava a semana inteira enrolando e quando chegava na sexta eu dava conta de tudo e entregava minha tarefa impecável no sábado”, relembrou.

Dona Margarida formou-se no Magistério no Colégio São Joaquim e lecionou na maioria das escolas da cidade. Todavia, filha dedicada, também muito jovem, auxiliava seu pai no Cartório, sucedendo-o após sua aposentadoria. “Meu pai era Escrivão, tinha uma sala ao lado da alfaiataria e toda vez que ele precisava sair eu corria para atender os clientes. Pegava todos os dados, fazia o registro somente no papel, colhia as assinaturas de testemunhas, tirava a certidão e despachava o freguês. Quando o papai chegava já estava tudo resolvido, bastava ele registrar no livro. Trabalhei uns 10 anos dessa forma”, detalhou nossa personalidade.

De Auxiliar a Titular, foram mais de 4 décadas eternizando os momentos mais significativos da vida local: nascimentos, casamentos e falecimentos! “Passei por muitos momentos desafiadores, inclusive preconceito por ser mulher e ocupar aquele espaço. No entanto, guardo boas recordações. Não esqueço um episódio em que o declarante de nascimento foi registrar sua filha com o nome de Maria Náusea. Na hora eu perguntei se ele sabia o que significava a palavra e ele respondeu: ‘minha patroa quer esse nome então vou colocar’. Disse ao senhor o que significava náusea e que somente faria o registro com ordem do juiz. Ele rapidamente mudou de ideia e eu acabei registrando a menina como Silvana”, gargalhou.

Casou-se com Nilton de Almeida Cintra (Nilton Soldado) e com ele constituiu uma linda família com 6 filhos. “Eu trabalhava muito, mas a maior parte dos serviços eram gratuitos e por acompanhar a história das pessoas sentia desejo de ajudá-las. Meu marido sempre comprou tudo com muita fartura, eu guardava a comida no arquivo e ainda sobrava para eu ajudar os necessitados. As pessoas saiam com o serviço e ainda levavam alguma coisa que eu doava”, se emocionou Dona Margarida, recordando que com o dinheiro que sobrava ela conseguiu construir sua casa.

Pé de valsa, lembra com saudade dos Bailes no Éden Club. “Gosto de dançar desde muito jovem, fiz algumas artimanhas para conseguir ir aos bailes nos meus tempos de adolescência. Depois que me casei ficou mais fácil, era uma delícia, toda semana eu e meu marido estávamos dançando. Sinto muita saudade desse tempo e gostaria muito que retornassem com o baile ainda que seja apenas para eu apreciar”, contou Dona Margarida.

Além de dançarina, também integra o Grupo de Serestas “Tia Zelina”. “É muito bom, vamos na casa das pessoas mais velhas, fazemos seresta é muito gostoso e gratificante. Quase todo mês íamos à casa de uma pessoa. Com a pandemia não estamos mais indo e tem sido muito triste ficar sem, estamos todos sentido uma falta enorme”, lamentou.

Entre as distrações diárias está sentar-se à porta de sua casa, construída no quintal da casa paterna, e cumprimentar os transeuntes, doando o sabão caseiro que faz com óleo reciclado para os mais carentes e cativar as crianças com balas e doces. “Sinto-me tão amada! Eu sento aqui na porta e é tanta gente que passa e me grita. Eu estendo a mão e dou: ‘opa´, alguns eu nem conheço, mas todos me conhecem (risos)”.

Figura caridosa e amorosa, coleciona amigos e boas estórias para contar, conquistando, de forma singela, nosso reconhecimento como Personalidade de Conceição!

Esta é uma singela homenagem da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro à Dona Maria Margarida Fernandes Cintra.

Texto com informações da Drª Hilda Cintra

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