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OUT
24
24 OUT 2016
CULTURA
CONDEPA indica quatro patrimônios imateriais para inventário cultural
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Em reunião no dia 1º de setembro, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Histórico de Conceição do Mato Dentro escolheu quatro patrimônios imateriais que serão inventariados: Festa do Rosário, Jubileu do Matozinhos, Jubileu de São Miguel e Almas e as Pastorinhas. As indicações atendem à nova Deliberação Normativa do Conep – Conselho Estadual de Patrimônio Cultural, aprovada em fevereiro deste ano. Os registros comporão o acervo do IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, assim como o queijo minas artesanal, até então o único patrimônio imaterial da região reconhecido pelo instituto.

Registro da Festa do Rosário 2015

Festa do Rosário

Realizada no dia 1º de Janeiro, a festa é precedida de um tríduo em que são feitos os preparativos e algumas cerimônias. Estima-se que acontece há aproximadamente 280 anos. Tem origem na época do ouro, quando os negros foram segregados e represados. Isto fez com que os negros se organizassem na denominada Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, estabelecendo termos de compromisso que instruíam a participação na Irmandade e o pagamento de contribuições. Um dos termos dizia: “haverá um Rei, uma Rainha, Príncipes e toda a corte, todos pretos de Guiné, Angola ou Moçambique, os quais serão eleitos todos os anos e serão obrigados a assistir com o seu estado as festividades de Nossa Senhora e mais santos, acompanhando no último dia a procissão atrás do pálio e assim o rei e a rainha darão cada um de esmola quinze oitavas e os demais da referida corte e irmãos, darão cinco oitavas de ouro” (DUTRA, pág59). Com o passar dos anos, a sociedade escravocrata findou, mas sua origens e sua memória permanecem na manifestação cultural do seu povo.

A procissão de velas marca o encerramento do Jubileu.

Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos

A maior manifestação religiosa do município tem 229 anos e acontece anualmente de 13 a 24 de junho, iniciando no dia de Santo Antônio e encerrando no dia de São João. De acordo com a tradição oral, um escravo que buscava lenha em um capão de mata teria encontrado um pequeno crucifixo com a imagem de Cristo talhada e, daí então, são inúmeras as narrativas de milagres realizados pela pequena e rústica imagem. Entre elas, a menção de uma grande seca que assolou a região e que teria provocado a escassez de alimentos e a penúria da população, que desesperada acorria à igreja pedindo socorro à Virgem da Conceição. Resolveram então, recorrer ao pequeno Cristo Crucificado e saíram em procissão pelas ruas do lugar e, antes mesmo que o cortejo se encerrasse, desceu uma tempestade – que “durou quinze dias, enchendo o Cuiabá, transbordando o Santo Antônio e fertilizando o terreno árido” (DUTRA, pág110). A população teria festejado por vários dias e desde então, anualmente, comemora-se o grande milagre com a realização do jubileu.

Além do cronograma religioso, a cidade fica bastante movimentada pelas festas populares, a cavalgada que é considerada a maior de minas e o comércio ambulante, que toma conta das ruas do bairro Brejo.

São milhares de fieis dividindo o espaço de peditório, louvor e ofertório.

Jubileu de São Miguel e Almas

A origem do Jubileu de São Miguel e Almas, no Cemitério do Peixe, confunde-se com a origem do lugar – que por sua vez é sortida de versões na tradição oral – que surgiu na época do diamante. Sabe-se que o antigo proprietário da Fazenda do Vassalo, Antônio Francisco Pinto, conhecido como Canequinho (1860-1941), teria sido o doador do terreno às almas do cemitério que ali já se encontrava, mandou erigir a Capela de São Miguel e Almas, murou o cemitério, construiu a casa paroquial, e solicitou ao bispo de Diamantina a assistência de sacerdotes para ali se realizar as “Missões no Cemitério do Peixe”. E, a 29 de fevereiro de 1916, o Bispado de Diamantina autoriza a realização das mesmas, dando origem ao Jubileu de São Miguel e Almas.

É uma grande manifestação dos costumes e crenças de um povo que peregrina para reencontrar suas famílias que, em prece, fortalecem seus laços numa semana de atividades marcada por missas, procissões, ladainhas, pagamento de promessas, confissões, levantamento do mastro e queima de fogos em homenagem aos mortos e aos fiéis e ofertório a São Miguel Arcanjo. O singelo vilarejo, aparentemente abandonado, do dia para a noite ganha vida, movimentação entre a vizinhança. Surgem mercearia, acampamentos, pessoas que cultuam o local e a festa em perfeita harmonia. É realizado sempre de quinta a domingo compreendendo as datas mais próximas a 15 de agosto.

Grupo das Pastorinhas de 1974.

Pastorinhas

A origem das Pastorinhas do Distrito de Santo Antônio do Norte – Tapera é incerta, como também não é possível precisar seu tempo de existência, mas estima-se que o grupo tenha pelo menos 80 anos. A tradição das Pastorinhas é europeia e veio para o Brasil com os portugueses.

O grupo de Pastorinhas da Tapera, originalmente, estava dividido em Músicos, Coristas e Personagens, de diferentes idades. A apresentação acontecia no interior da Igreja de Santo Antônio, de frente para o altar ou para o presépio. A apresentação é dividida em duas partes: a primeira é denominada “Louvor e Ofertório”, quando os personagens cantam e dançam ofertando presentes (récitas) ao Menino Jesus; a segunda parte é denominada “Peditório”, quando os personagens, ainda cantando, recolhem esmolas entre o público.

Atualmente, o grupo é formado por vinte e oito meninas, que se apresentam em outros locais e datas. A performance também modificou-se, pois não fica mais restrita à performance do auto pastoril. Com o auxílio do professor, elas apresentam coreografias e danças folclóricas de diferentes regiões do país.

Com informações da Fundação Israel Pinheiro.

Fonte: Assessoria de Comunicação
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