Aproximadamente, 200 mil brasileiros são acometidos pela doença da Parkinson. Esse número é equivalente a 1 por cento da população com mais de 65 anos. Seguindo essa estimativa, em Conceição do Mato Dentro há em torno de 20 pessoas com Parkinson, mas apenas 8 estão diagnosticadas no sistema municipal de saúde. A negação e o constrangimento são os principais motivos que intimidam os pacientes a buscarem ajuda.
Nos esclarecimentos dados pelo neurologista Dr. Matteus Gomes Fernandes, em palestra realizada no último dia 6 pela Secretaria Municipal de Saúde, a doença de Parkinson foi caracterizada como a doença que prende o paciente ao corpo. O que acomete o doente é falta de controle motor e, com os estímulos cognitivos em perfeito estado, sem perder a consciência do que lhe acontece, o paciente comumente é levado à depressão, à ansiedade, ao isolamento, à aposentadoria precoce e até mesmo à demência.
As características da doença de Parkinson são perceptíveis e por isso o doente sente vergonha e evita a vida social. O corpo pendido para frente, o tremor dos membros, passos curtos e a face congelada são os sintomas mais comuns. A cura para a doença ainda não foi desvendada pela medicina e não há certeza sobre o que desencadeia o Parkinson, mas as estatísticas indicam alguns fatores de risco como: idade avançada, histórico da doença na família, uso de pesticida, intoxicação por metais pesados, beber água de poço e morar na zona rural. Exceto os fatores genéticos, os demais ainda estão sob pesquisa para entender a sua correlação com a doença.
O tratamento de Parkinson é medicamentoso e fisioterapêutico. No entanto, registros indicam que a eficácia é alta nos dez primeiros anos da doença. Depois desse período, há muito pouco o que se fazer e resta ao paciente viver em completa dependência da ajuda do outro. Ele perde a autonomia para fazer tarefas simples como comer, vestir-se e andar. E começam a aparecer as complicações como pneumonia e infecção urinária que acabam levando o paciente a óbito.
Por isso, se você conhece alguém com a doença e que não está sendo tratado, ou suspeita que algum conhecido sofra do mal de Parkinson, oriente-o a procurar a Secretaria de Saúde ou acione os agentes de saúde pelo telefone 3868-2697.