A vacinação antirrábica para cães e gatos, iniciada no dia 20 de julho, atrai uma adesão em massa da comunidade, apontando a conscientização coletiva para os riscos da doença. Na primeira semana de campanha, foram vacinados 1.871 animais da sede urbana, o que significa 74,84 por cento da meta de vacinação para todo o território. A secretaria de Saúde já pede reforço no número de doses da vacina, pois acredita que a meta de 2.500 animais será em breve superada.
O cronograma da campanha na sede se aproxima do fim. Para aqueles que ainda não levaram seus bichinhos para serem imunizados, atenção ao DIA D de vacinação, que acontece nesta sexta-feira (31) na Praça do Rosário. Neste dia, haverá uma força tarefa das 8h às 16.
A partir da próxima semana, a equipe da saúde se deslocará para a zona rural, onde a vacinação será realizada até o dia 24 de agosto. Os distritos concentram a maior parte dos animais e por isso a necessidade de aumentar o número de doses. “Já acionamos a Regional de Saúde de Itabira, a qual pertencemos, e faremos um grande esforço para atender toda a demanda. Apesar do inesperado, estamos contentes e já consideramos a campanha um sucesso”, disse o coordenador do setor de zoonoses, Marco Paulo Sanches.
Raiva
A raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa enfermidade é transmitida ao homem pela saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura.
A doença é caracterizada por uma encefalite (inflamação cerebral) progressiva e aguda. O risco de morte é extremamente alto.
Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. O animal geralmente apresenta dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras. Nos cães, especificamente, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”.
Nos seres humanos os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.
Prevenção
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva:
- Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
- Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo para avaliação e prescrição de profilaxia antirrábica humana adequada;
- Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva;
- O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais;
- Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde;
- Nunca interromper a profilaxia antirrábica humana sem ordens médicas.Fonte: Portal Brasil