O primeiro LI – Levantamento de Índice de 2015 realizado pela Vigilância em Saúde aponta: é alto o índice de larvas do mosquito Aedes aegypti no quintal dos domicílios. Reservatórios improvisados para coleta da água da chuva são grandes potenciais de disseminação da dengue.
O LI consiste em uma pesquisa realizada em todos os bairros, em 10 por cento dos imóveis. Quando o agente de endemia encontra reservatórios com água que contenham larvas, ele as coleta e encaminha ao setor de Vigilância em Saúde do município, onde é feita a identificação das larvas. A confirmação dos resultados é feita no Laboratório de Referência da Funed – Fundação Ezequiel Dias.
E 2015 começou com um alerta. Os resultados da leitura de larvas indicaram uma prevalência de 73,22 por cento de larvas de Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue. “Esses resultados, mais uma vez, nos reforçam a importância das ações para a prevenção da dengue”, disse o Médico Veterinário e Coordenador de Zoonoses Marco Paulo Sanches. Ele alerta para uma nova modalidade de reservatório de água que tem sido propícia para a instalação das larvas: o armazenamento da água da chuva devido ao período de estiagem. “Nestas situações é fundamental o tratamento da água. O Ministério da Saúde recomenda adicionar 2ml de água sanitária por litro de água, o que é suficiente para combater as larvas do mosquito”, lembrou.
Combater a dengue é fácil, mas exige atenção. É muito importante manter as caixas d’água limpas e tampadas. Tampe também os galões, latões e tambores. Mantenha baldes e garrafas com a boca para baixo. Não deixe pneus descobertos. Atenção também para os vasos de plantas cujos pratinhos acumulam água; retire-os ou coloque areia que ajuda na absorção da água. Mantenha o quintal limpo e descarte o lixo corretamente para evitar a formação de possíveis reservatórios de água.
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Chikungunya
O LI ainda apontou uma incidência de 16,53 por cento de larvas do mosquito Aedes albopictus, responsável pela transmissão de Febre de Chikungunya. A doença é também transmitida pelo Aedes aegypti.
Os sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, dores articulares e musculares, dor de cabeça, náusea, fadiga e exantema (manchas vermelhas na pele). A principal diferença entre a Febre de Chikungunya e a dengue é que na primeira as dores nas articulações são mais agudas.
A única maneira de evitar a Chikungunya é eliminando os focos de criação das larvas dos mosquitos transmissores, tal qual de deve fazer para evitar a dengue.
A Bióloga Danielle Cirino e o Médico Veterinário Marco Paulo Sanches fazendo a leitura das larvas no laboratório da Funed