A campanha de vacinação contra a raiva para cães e gatos em Conceição do Mato Dentro superou a meta para 2016. No período de 23 de agosto a 30 de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde vacinou 5.100 animais da zona urbana e da zona rural. Isso significa que houve a imunização de pelos menos 600 animais a mais com relação ao ano passado e ainda há doses disponíveis para aqueles que não acompanharam a campanha.
Segundo o médico veterinário Marco Paulo Sanchez, coordenador do setor de Zoonoses do Município, a crescente adesão do público à campanha reflete “a preocupação e a conscientização de todos tanto com a saúde dos animais como da população”. Isso é também o resultado de “um trabalho que vimos realizando próximo à comunidade, com orientações porta a porta, garantindo que as informações cheguem ao nosso público alvo”.
Embora com a meta superada (a expectativa era vacinar 5 mil), a Secretaria de Saúde mantém disponível à população o saldo das doses da vacina-antirrábica. Os donos de cães e gatos que ainda não vacinaram os seus animais, devem procurar o Setor de Vigilância em Saúde que atende no endereço Rua Cassimiro Souza, nº 41 – 1º andar, Bairro Brejo ou pelo telefone (31) 3868-2698.
Raiva
A raiva é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa enfermidade é transmitida ao homem pela saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura.
A doença é caracterizada por uma encefalite (inflamação cerebral) progressiva e aguda. O risco de morte é extremamente alto.
Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. O animal geralmente apresenta dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras. Nos cães, especificamente, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”.
Nos seres humanos os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.