Realizado entres os dias 8 e 11 de setembro, o treinamento do PCE – Programa de Controle da Esquistossomose deixou apta a equipe de Vigilância em Saúde para começar o mapeamento e o diagnóstico dos casos na zona rural do município, onde o ambiente é mais propício para tal. As instruções foram dadas pelos técnicos da Gerência Regional de Saúde de Itabira. O programa estende e aprimora o atendimento do SUS – Sistema Único de Saúde em Conceição.
Por meio do PCE, será realizado o acompanhamento das família que residem nos distritos, em especial em locais próximos a rios e lagos. O exame de fezes é o único meio pelo qual a doença pode ser detectada precocemente e, portanto, a coleta será feita periodicamente com todos os membros das famílias assistidas.
Embora com foco na identificação da esquistossomose, o exame poderá identificar ainda outros tipos de parasita intestinal, como tênia, oxíuros, ascaris, tricocéfalo e ancylostoma. Se o material colhido apresentar ovo de qualquer um destes, o paciente será encaminhado para atendimento médico para ser submetido a tratamento adequado.
O PCE conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social, que auxiliará no acompanhamento direto das famílias em observação. Três Barras e Buraco são os dois primeiros locais a receberem o programa.
Sobre a doença
A esquistossomose é uma doença contraída pela pele ao entrar em contato com a água doce parada, por isso o alerta aos povoados próximos a rios e lagos. A infecção é provocada por larvas de parasitas da espécie Schistosoma, que se alojam no intestino ou no fígado da pessoa.
Sintomas
No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre aproximadamente 24 horas após a contaminação. Após 4 a 8 semanas surge quadro de febre, calafrios, dor-de-cabeça, dores abdominais, falta de apetite, náuseas, vômitos e tosse seca.
Dependendo da quantidade de vermes a pessoa pode se tornar portadora do parasita sem nenhum sintoma, ou ao longo dos meses apresentar os sintomas da forma crônica da doença: fadiga, dor abdominal em cólica com diarreia intermitente ou disenteria.
Outros sintomas são decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado, com consequente aumento destes órgãos, e desvio do fluxo de sangue que podem causar desde desconforto ou dor no quadrante superior esquerdo do abdômen até vômitos com sangue por varizes que se formam no esôfago. Em casos graves, pode levar a óbito.
