Uma antiga lenda portuguesa conta que Nicodemos, o fariseu que ajudou José de Arimateia a retirar o corpo de Cristo da cruz, se retirou para um lugar ermo e esculpiu três imagens de Cristo em madeira. Uma das três imagens teria sido embarcada em um navio sem tripulação, para que não fosse apreendida pelos romanos. O barco cruzou o mar Mediterrâneo, entrou no Atlântico e chegou à praia do Espinheiro, nas proximidades da cidade de Matosinhos, norte de Portugal.
Recolhida por pescadores, a imagem à qual faltava um braço, foi considerada milagrosa. Os pescadores, ao fazerem uma fogueira para se aquecerem, notaram que um pedaço de madeira não pegava fogo. Foram então verificar e constataram que se tratava do braço perdido da imagem.
Ela, então, foi levada ao convento de Bouças, na Freguesia de Matosinhos, onde permaneceu durante séculos, conhecida como Senhor de Bouças. Na ocasião da descoberta do ouro das Minas Gerais, em fins do século XVII e início do século XVIII, grande parte da população do norte de Portugal migrou para Minas, e com eles veio o culto ao Senhor de Matosinhos. A semelhança entre as duas imagens fez com que os habitassem estendessem à imagem brasileira o nome de Matosinhos.
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