CMD, SEXTA-FEIRA 28.05.2021 – “Tomara que seja verdade que exista mesmo disco voador! Que seja um povo inteligente que traga pra gente a paz e o amor!” (trecho da canção gravada pela dupla Jacó & Jacozinho). Reza a lenda que no interior tem de tudo, desde alma penada até lobisomem. Será verdade? O povo fala! Lá pelas bandas do distrito do Tabuleiro, Seu Joaquim Elói garante ter visto um disco voador e que depois disso nunca mais conseguiu enxergar um palmo à sua frente. Ele é a Personalidade de Conceição da semana e daqui a pouco vai nos contar detalhes dessa história!
Joaquim Ferreira de Aguiar, Joaquim Elói, como é conhecido por todos, é o segundo dos 10 filhos dos saudosos Eloy Herculano Costa e Luiza de Aguiar Costa. “Eu nasci no dia 11 de maio de 1917 no distrito de Três Barras, mas minha família se mudou para o Tabuleiro quando eu era criança. Então vivi parte da minha infância, me tornei moço lá e não sai mais”, relembra Seu Joaquim.
Vivendo em meio a uma família numerosa, poucas condições de estudo e a simplicidade da roça, nosso personagem se destacou como empreendedor na região. “Eu era muito jovem e já trabalhava bastante, até que um dia junto com o meu irmão Júlio tive a ideia de arrendar uma terra. A ideia foi bem-sucedida e passamos a plantar e produzir nela. Dessa forma, começamos a ajudar muito nossa família”, contou Seu Joaquim acrescentando que sempre trabalhou com a terra, chegando a ser comerciante e tropeiro.
Ainda sobre a parceria com seu irmão Júlio: era tanta que os dois até se casaram com as duas irmãs Luíza e Maria, Júlio com Luíza e Joaquim com Maria.”Com a Maria eu tive 8 filhos, 34 netos, 64 bisnetos e 18 tataranetos”, recordou.
Tudo estava bem, Seu Joaquim Elói produzindo como nunca, tocando a vida no campo e cheio de expectativas no futuro, quando um acontecimento de outro mundo, aliás, talvez de outro planeta, mudou toda sua vida e lhe rendeu o título de: “O homem que viu um disco voador e ficou cego”.
“Foi no ano de 1987. Eu estava em casa, era noite. Uma luz muito forte começou a me incomodar e olhei para o céu. Não acreditei no que via. Chamei meus filhos e eles não quiseram se levantar, disseram que aquela luz era coisa de outro planeta. Fiquei assustado, mas não tive medo porque estava longe, mas continuei olhando do buraco da fechadura da porta”, relatou Seu Joaquim Elói, lamentando que observar aquele objeto que não fazia parte do cotidiano dos tabuleirenses o fez perder a visão, assim ele acredita.
A neta do Seu Joaquim, Júnia Aguiar, informou que o seu avô chegou a consultar com o oftalmologista e que o diagnóstico para a perda de visão foi queima de retina, ele passou por uma cirurgia nos dois olhos, no entanto, não foi possível recuperar as vistas.
Desde esse episódio, Seu Joaquim virou alvo dos repórteres e ufólogos para incontáveis entrevistas sobre os supostos objetos voadores não identificados (OVNIs) e até a atualidade seu nome é forte na Comunidade de Ufologia de todo o país. Joaquim mesmo com todas as adversidades que a deficiência lhe trouxe, nunca deixou se abater, permaneceu firme nas suas convicções e teve na fé, a força que precisava para seguir contando sua história e sendo exemplo de resiliência para todos.
Essa é uma singela homenagem da Prefeitura de Conceição do Mato Dentro ao Seu Joaquim Elói, esse conceicionense de coração enorme, fé inabalável e referência em honestidade e bondade.
Texto com informações de Júnia Aguiar
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