O Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos é a maior festa da cidade e é realizada desde o ano de 1787, no período de 13 a 24 de junho. Nessa época, a cidade se transforma com a vinda de milhares de romeiros e com intensa movimentação de fiéis e de comerciantes que se instalam na colina do Santuário durante a festa, para agradecer ou implorar graças ao Bom Jesus.
A festa, embora tenha também conotação social e comercial decorrente do fluxo de romeiros e visitantes, conserva seu caráter religioso. Há missas e exposição do Santíssimo Sacramento durante 11 dias, sendo que no último a imagem sai em procissão.
O número de fiéis é tão grande que, no ano de 1844, o padre Bento Godim pediu ao Bispo de Mariana autorização para que todo sacerdote que aparecesse em Conceição do Mato Dentro, por ocasião do Jubileu, pudesse receber confissões e pregar. Ficaram assim asseguradas, aos milhares de visitantes, condições para que exercessem sua fé e devoção.
Seguindo os fatos, José Correia, um português oriundo da região de Matozinhos, em Portugal, tinha uma grave doença chamada Zamparina (a mesma doença de Aleijadinho) e prometeu que, se ficasse curado, construiria um abrigo para a imagem no mesmo lugar onde foi encontrada e para onde retornou por três vezes.
Curado, José Correia cumpriu sua promessa, mas a imagem ficou esquecida. Uma forte seca assolou a região e Antônio sugeriu ao padre que se fizesse uma procissão com a imagem. Padre, Antônio e vários moradores, desceram do capão com a imagem em direção à Igreja Matriz. Mas antes de se chegar ao local determinado, o céu se fechou e caiu uma chuva nunca vista antes, que durou 15 dias sem cessar. Então se iniciou uma romaria anual, época em que milhares de romeiros vêm dos mais distantes lugares para darem o seu testemunho de fé.