Um trabalho especial da Secretaria Municipal de Educação quer fortalecer a relação família-escola. Com o intuito de esclarecer a diferença entre educação e escolarização, pais e responsáveis estão sendo conclamados a participar de palestras e debates sobre a importância dos vínculos afetivos e do envolvimento da família no processo de aprendizagem.
Segundo a psicóloga as SME, Thaís Ferreira, “percebemos que os alunos sentem falta dos pais na vida deles. Perdeu-se a referência de família e por isso dá necessidade de um trabalho direcionado, para que haja esse resgate”. Baixa frequência e dificuldade de aprendizado são alguns dos problemas citados pela psicóloga decorrentes das falhas na relação criança-família.
O trabalho psicopedagógico, conduzido por Thaís e pela também psicóloga Denise Ribeiro de Miranda, envolve também o corpo docente, que é quem muitas vezes administra as crises da falta do amor e do cuidado e acaba por dar o acolhimento, a palavra amiga e o incentivo que a criança precisa. “Mas isso é delicado, pois, além de gerar esgotamento físico e mental do professor, é um papel da família. A escola faz parte de uma etapa da vida do indivíduo, mas a família não. A família é a única instituição a qual cada um de nós pertencerá até o final e por isso ela deve ser a referência máxima”, explicou Denise.
O fato é que a relação família-escola encontra-se frágil, mas porque a sociedade num todo está frágil. As mudanças aceleradas do mundo pós-moderno geram transformações complicadas, difíceis de serem elaboradas e compreendidas. Novos contextos sociais, econômicos e culturais se chocam contra o que era dito “normal” e agora escola e família precisam se unir ainda mais para juntas buscarem os caminhos em meio a esse labirinto.