No último sábado (19), um curso de capacitação quebrou paradigmas e surpreendeu os professores das escolas municipais. Para tratar de educação ambiental, foram abordados os temas biodiversidade, cultura e patrimônio. Para quem foi preparado para ouvir dicas sobre o lixo, a água, os animais ou a mata, admirou-se a entender o meio ambiente como um grande conjunto de bens materiais e imateriais que formam o repertório intelectual e emocional de cada um.
A biodiversidade é um termo novo, datado nos dicionários a partir de 1998. Isso se deve às mudanças conceituais e aos estudos ambientais que vêm sendo fortalecidos desde então. E daí o entendimento de que meio ambiente não é só aquilo originariamente natural, mas tudo o que faz parte do habitat do ser humano ou dos animais.
Para a consultora e educadora Kérsia Maria Pontes Maia, dar aula de educação ambiental é provocar um olhar diferente para aquilo que existe ao redor do aluno. Não deixar que a biodiversidade passe despercebida. E a sala de aula é um ambiente rico para esta prática, onde se constatam diferentes comportamentos, cores de pele, descendências, costumes, etc.
E quando a educação ambiental passa a surtir efeito? Para Kérsia, quando existe uma mudança de atitude no aluno. Quando o professor já não mais precisa falar para respeitar o próximo ou manter a sala limpa, mas sim, quando ele passa a se incomodar com aquilo que interfere negativamente no seu meio.
Por isso, para a consultora, o sucesso da educação ambiental é resultado de uma “conquista”, uma “sedução”. Não tem fórmulas para serem decoradas ou regras para serem seguidas, apenas ações que se devem muito à reação emocional de cada um. Sensibilizar o aluno, fazê-lo expandir sua visão sobre o que compõem a sua vida. Essa é a receita.
PreservAÇÃO
O curso de capacitação para os professores sobre educação ambiental segue um cronograma do Programa de Educação Ambiental da Anglo American que é organizado e aplicado pela Synergia Consultoria em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.